Como Melhorar a Fixação de Peças na Usinagem

O site Usinagem-Brasil publicou o texto “Oito dicas para aumentar a produtividade na usinagem”. Uma dessas dicas – “Melhorar a fixação de peças na usinagem” – refere-se a nossa área de atuação e nos motivou a escrever este comentário. A Brasfer, de Joinville (SC), atua no desenvolvimento e fabricação de dispositivos de fixação hidráulica para usinagem.
Do nosso ponto de vista, para “melhorar a fixação das peças” é necessário uma mudança de conceito sobre a pressão de trabalho nas máquinas e dispositivos para chegar em torno de 240 bar. Hoje, a fixação hidráulica na maioria dos clientes se situa em média entre 60 e 70 bar.

Devido às novas tecnologias empregadas no desenvolvimento de ferramentas de corte, cada vez mais eficientes, se faz necessário maior rigidez nas fixações. Muitos usuários, visando extrair o máximo desempenho dos parâmetros de corte, acabam instalando multiplicadores de pressão nos dispositivos, chegando a 240-280 bar, visto
que desta forma já poderiam adquirir máquinas com unidades hidráulicas de alta pressão.

Os cilindros hidráulicos para este segmento suportam até 350 bar.
As máquinas dentro das normas de segurança possuem chave nas portas para que somente fechadas permitam o acionamento dos cilindros.

Propomos instalação de unidades hidráulicas (regulagem 50-350 bar) com pressão média de trabalho 240 bar nos centros de usinagem, visando assim atender um dos pontos citados para aumentar a produtividade.
Existem no mercado bombas hidráulicas com atuação em dois estágios. O primeiro estágio tem vazão de 6 litros/min e chega a 60 bar – a partir desta pressão a vazão é de 1 litro/min somente para elevar a pressão, pois a peça já está fixada no primeiro estágio.
Em alguns países já é padrão trabalhar com alta pressão nos centros de usinagem. Quando necessário se instala uma válvula redutora de pressão em pontos determinados para não deformar o produto. Algumas empresas aqui no Brasil já adotaram em suas máquinas pressão de trabalho com 240 bar

 

Escrito por Giovane Vieira de Oliveira – Diretor Comercial